Na manhã desta quinta-feira (20), o ex-policial militar Ronnie Lessa foi encaminhado da Penitenciária Federal de Campo Grande para a Penitenciária 1 “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, um presídio de segurança máxima localizada no interior de São Paulo.
Lessa está detido desde 2019 por ter envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A transferência foi composta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois de um pedido da defesa de Lessa.
Lessa deixou a penitenciária federal acompanhado por viaturas da Polícia Penal Federal e viajou de Campo Grande em um voo fretado da Força Aérea Brasileira (FAB).
Argumento da Defesa
Conforme a defesa de Lessa argumentou que a transferência para São Paulo permitirá que ele fique mais próximo de seus familiares. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), havia anteriormente ficado de acordo com a transferência para Tremembé.
Ainda assim, a decisão de transferir Ronnie Lessa para Tremembé vai em oposição a opinião do secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Marcelo Streifinger.
Streifinger expressou, em documento anexado junto ao processo, que o presídio não tem capacidade de receber Lessa por motivo da superlotação.
Por fim, o ex-policial será mantido em uma cela individual, assim não podendo entrar em contato com outros presos.
Situação da Penitenciária
A Penitenciária 1 de Tremembé é um presídio de segurança máxima que se encontra no Vale do Paraíba, sendo a única penitenciária masculina com tais características na região.
No momento, a unidade está superlotada. Conforme a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a capacidade do presídio é de 1.491 detentos, porém a penitenciária comporta 2.171 presos, ultrapassando em 680 o limite que lhe é permitida.
A penitenciária dispõem de seis pavilhões e conta com bloqueadores de celular. Os detentos tem quatro refeições todos os dias e possuem o direito ao banho de sol.