A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta segunda-feira (3), do início da Conferência Internacional de Tecnologias das Energias Renováveis (Citer), no Centro de Convenções de Teresina (CCT), no Piauí. A cerimônia, que é o maior do setor no país, tem como pauta “As Tecnologias das Energias Renováveis no Contexto da Transição Energética Global Justa e Sustentável”.
Nos dias de segunda e quarta-feira (5), serão feitas 180 palestras e 45 painéis referente a energias renováveis de maneira híbrida, na modalidade presencial e virtual, com tradução simultânea.
Em fala, a chefe da pasta atentou acerca dos desastres climáticos cada vez mais comuns no Brasil e no mundo. “A crise climática está posta e não é algo do futuro. Temos assistido eventos climáticos e ambientais extremos, a exemplo do que aconteceu e está acontecendo no Rio Grande do Sul. Essas tragédias, cada vez mais frequentes em nosso país e em todos os continentes, nos impõe uma responsabilidade ainda maior com formas mais sustentáveis de produção, de maneira a reduzir as emissões de gases do efeito estufa e combate as mudanças climáticas”, falou.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, mais de 80% da energia do Brasil advém de fontes renováveis e, sendo assim, para Luciana Santos, o país tem condição de estar no topo da mudança energética mundial. “Temos trabalhado para aumentar essa proporção investindo em novos parques de geração de energia e em soluções como agricultura de baixo carbono, infraestrutura verde e biocombustíveis. Ao longo dos anos, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação tem trabalhado de forma assertiva nas áreas de energias renováveis, também nas áreas de combustíveis sustentáveis e tecnologias de baixo carbono”, informou.
Conforme a organização da conferência, são esperados 5 mil participantes todos os dias para o acompanhamento dos painéis de diálogos e feiras de negócios de energias renováveis, além da participação de atividades de educação ambiental, cultural e de intervenção urbana.
A ministra também exaltou o trabalho do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, de acordo com ela, trata a ciência como política de estado e base do desenvolvimento sustentável.
“Os avanços nas cadeias produtivas renováveis e dos combustíveis sustentáveis só foram possíveis no passado devido à estruturação de uma base tecnológica forte, infraestrutura laboratorial adequada e formação de recursos humanos especializados nas diferentes áreas de conhecimento. No governo do presidente Lula, estamos reestruturando e fortalecendo essa estratégia, mobilizando os diversos instrumentos de que dispomos no ministério. Gostaria de destacar a recomposição integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que reestabelece o principal instrumento público da ciência brasileira para servir à construção de um projeto de país inclusivo e sustentável”, finalizou.
De acordo a organização, a conferência tem como missão promover o diálogo na sociedade, espalhando conhecimento referente as inovações tecnológicas atuais no ramo das energias renováveis, tendo como foco especial no hidrogênio verde. E por sim, ter um aumento referente a conscientização a respeito das mudanças climáticas e a importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e do Acordo de Paris.